Cidades de Papel de John Geen



Título: Cidades de papel
Autora: John Green
Editora: Intrínseca 
Páginas: 283
Ano de publicação: 2014
3/5  Skoob

Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

Com um começo muito entusiasmante. Cidades de papel consegue envolver o leitor em uma leitura a altura de bons livros, porém Green acaba se perdendo em uma narrativa repetitiva e, com isso, muito cansativa.

O livro vai contar a história de Quintin, um nerd assumido e de Margo Roth Spiengelman, que é... Margo Roth Spiegelman. Apesar da história ser contada do ponto de vista de Q., toda ela gira em torno da nossa segunda protagonista principal, Margo.

Q. e Margo se conhecem desde crianças. Eles são vizinhos desde sempre e antes, quando a escola não importava e a status também não, eles eram grandes e inseparáveis amigos. Só que como as coisas mudam os dois acabaram se distanciando.

Até que, em um dia comum para Quintin, Margo aparece em sua janela o convocando para ser seu motorista e realizar algumas travessuras com algumas pessoas. Depois de muito pensar, Q aceita o convite e apos a noite passa ele fica pensando em como tudo vai ser diferente agora que eles voltaram a se falar. Mal sabe ele que Margo Roth Spiegelman estava aprontando o espetáculo final.

Apesar de ter gostado bastante da narrativa durante o começo do livro, com o tempo o autor começou a se perder e tudo ficou muito repetitivo para mim. Ele batia muito na mesma tecla, digamos assim e isso começou a me irritar. Eu entendia o que Green quis fazer, mas mesmo assim eu odiei. Assim como acontece no final da história. Eu consegui ver o que ele quis fazer, eu entendi. Mas cara, porque fazer isso conosco?

O lado bom de toda essa enrolação é que deu tempo de desenvolver muito bem todos os personagens secundários que, diga-se de passagem, é um dos pontos fortes do autor. 

Como não li todos os livros de John, não tenho como afirmar que o autor mantem uma formula de escrita, como muito li por ai. Mas minha opinião é: Sim, ele realmente deve ter. Afinal de contas, é o mesmo autor contando histórias diferente. Acredito que em Cidades de papel, ele abordou mais a questão das descobertas, dos mistérios e coisas assim. E, apesar dos pontos fracos que já citei, ele foi bem sucedido.

O livro, assim como em A culpa é das estrelas, possui frases fantásticas. Eu estava precisando de livros assim esse mês, então a leitura valeu muito a pena. A escrita é simples, rápida, fácil de se ler. E a estrutura física do livro é muito bonita, assim como todos os livros do autor. Vale ressaltar que a capa é muito, mais muito mesmo, relacionada ao livro o que ganhou muitos pontos para mim. Pode até não ser a capa mas linda, mas que é a que mais se destaca com relação a história, a.. é sim! 

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